Identificação e descrição | |
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Nome do parque/jardim | Paço Ducal de Vila Viçosa |
Região | Alentejo |
Distrito | Évora |
Concelho | Vila Viçosa |
Freguesia | Nossa Senhora da Conceição e São Bartolomeu |
Data de criação | XVI / XVII |
Tipo de proprietários | Associação ou fundação |
Jardineiro | Lorres (1594-1596) |
Jardineiro | Francisco Pires (1598-1603) |
Jardineiro | Miguel de Alcalá (1596-1615) |
Informação de contacto | Paço Ducal de Vila Viçosa7160-251, Vila ViçosaTel: +351 268 980 659Fax: +351 268 989 808e-mail: palacio.vilavicosa@fcbraganca.pt |
Página web: http://www.fcbraganca.pt/index.html | |
Página web:http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=24251 | |
Página web: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70205 | |
Localização | Coordenadas: 38º 46' 56,67''N, 07º 25' 20,42''W Latitude: 38.7824083333333 Longitude: -7.42233888888889 |
Foi no início do século XVI que D. Jaime I, 4º Duque de Bragança, decidiu edificar um novo paço em Vila Viçosa, que substituísse o espaço que habitava no castelo da vila. Situado na Horta do Reguengo, fora dos muros do aglomerado urbano medieval, o novo palácio implementava-se num local "caracterizado por extensos olivais e por abundância de água"(http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70205) Os jardins foram mandados construir como parte integrante do Paço Novo, por D. Jaime I de Bragança, em 1505. As referências de arquitetura que D. Jaime tinha da sua adolescência (exilado em Espanha) eram únicas e “as casas novas e pomar” que refere no seu testamento são um reflexo deste gosto pelo conforto ao ar livre feito com sombra com a frescura da água, em lugares íntimos e discretamente rodeado de muros com janelas para quem quiser olhar de dentro para fora, com as flores que já sabemos cheiravam bem e ajudavam à sensualidade do jardim (Castel-Branco, 2014).
O Paço Ducal está inserido em pleno meio urbano, em planície de cota estável no sopé da colina do Castelo de Vila Viçosa, isolado e em destaque o grande terreiro, fronteiro à Igreja dos Agostinhos e nas imediações do Paço do Bispo e do Convento das Chagas. A Porta dos Nós, voltada à entrada principal da vila de quem vem de N., integra-se no muro delimitador do Jardim do Paço Ducal, por detrás da capela e das antigas cocheiras, dando acesso à designada Ilha do jardim, onde se encontra o Museu dos Coches. http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2750
No lado norte, a descrição do jardim das Damas, antes de lhe terem retirado o muro que o separava da poeira e ruído do picadeiro, lembra os jardins do Alcazar em Sevilha e os pátios dos palácios da Andaluzia islâmica. O jardim foi remodelado e ligado à área do picadeiro sendo atualmente um jardim de buxo com uma topiária de muita qualidade, mas tendo perdido as qualidades de jardim islâmico. Do lado sul, o Jardim do Bosque, comprido espaço de sombra rebaixado e ladeado de bancos que terminam num tanque ao nível do pavimento em laje de ardósia, e uma casa de fresco em arcos e a que chamam “casa de prazeres”. Sabemos que em redor do tanque havia limoeiros e ciprestes que ainda restam acompanhados de loureiros, todos a pedir substituição. Limitam o jardim por um lado muros altos e pelos outros o próprio palácio original de D. Jaime. Tanto o aspeto discreto do jardim, como a forma de tratar a água, como ainda quase todas as plantas dos jardins islâmicos se encontravam no Jardim do Bosque. E D. Jaime trouxe jardineiros da Andaluzia(1) para o jardim mudéjar de origem. Mesmo alterado por intervenções posteriores e necessitando de um restauro que o ponha em evidência como jardim mudéjar, é talvez o melhor jardim que temos de origem islâmica em fusão com a cultura portuguesa (Castel-Branco, 2014). (1)Viterbo, Sousa, A jardinagem em Portugal: apontamentos para a sua história. Imprensa da Universidade 1906 Coimbra
Estatuto: Privado
Classificação: MN - Monumento Nacional
Instrumento legal: Decreto n.º 251/70, DG, I Série, n.º 129, de 3-06-1970), Zona non aedificandi - Portaria n.º 527/2011, DR, 2.ª Série, n.º 88, de 6-05-2011
Principais espécies botânicas presentes:Buxus sempervirens, Citrus sinensis, Citrus limon, Laurus nobilis, Cupressus sempervirens, Nerium oleander
Cotas altimétricas aprox. 395m
Tipo de solo: Solos Mediterrâneos Vermelhos e Amarelos de Materiais Calcários
(Dados do Instituro Português do Mar e do Ambiente)
Tipo de clima: Csa - Clima temperado com Verão quente e seco (Classificação de Koppen)
Temperatura:
- Temperatura máxima mensal: a mais elevada, 46 ºC (em agosto); a menos elevada, 24.2 ºC (em fevereiro)
- Temperatura média mensal: a mais elevada, 24.1 ºC (em agosto); a menos elevada, 9.6 ºC (em janeiro)
- Temperatura mínima mensal: a mais elevada, 11.4ºC (em agosto); a menos elevada, -2.9 ºC (em janeiro)
- Temperatura média anual: 16.5 ºC
Precipitação: 585 mm (precipitação total média anual)
CASTEL-BRANCO, Cristina.Jardins de Portugal. Lisboa: CTT, 2014
CASTRO NUNES,Paço Ducal de Vila Viçosa [Internet]. IHRU: DGEMN/DSID: Sistema de Informação para o Património Arquitectónico, 1993. [Consultado a 17 dez 2014] Disponível em: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2750
OLIVEIRA, Catarina, 2006, Paço Ducal de Vila Viçosa. [Internet] DGPC [consultado a 17 dez 2014] Disponível em: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70205
Elementos decorativos : Topiária, Casa de Fresco, Pérgola, Tanque, Estátua, Fonte
Elementos vegetais : Árvores de fruto, Arbustos, Árvores de alinhamento
Estatuto : Privado
Abertura ao público : Bilhete de entrada
Classificado : Monumento Nacional
Mobilidade reduzida : sim