O parque de São Roque localiza-se na parte oriental da cidade do Porto. Tem um enquadramento urbano e isolado e desenvolve-se e vários níveis ao longo da encosta das Antas.

A quinta localiza-se a numa encosta, voltada a sul, e desenvolve-se em patamares. Na zona superior, encontra-se uma frondosa mata dominada por eucaliptos. Nesta área do parque, de carácter mais naturalista, localizam-se várias estruturas construídas: um coreto, edifícios de apoio, áreas de estadia e um lago romântico, atravessado por duas pontes e orlado por algumas exóticas ornamentais como Cedrus libani e Cedrus deodora. Uma alameda de tílias com várias estadias e miradouros define a passagem para um patamar inferior, também densamente arborizado onde abundam Laurus nobilis, Quercus suber, Quercus robur e Acer pseudoplatanus. Um portão de granito trabalhado marca a entrada no conjunto de espaços mais formais e mais próximos da casa apalaçada. Nestes terraços dispõem-se diversas plataformas relvadas e um jardim retangular com um chafariz em ferro forjado no centro e muitas variedades de camélias. Nas imediações da casa, encontra-se um conjunto de jardins de estilo romântico que terão sido desenhados por Jacintho de Mattos. O espaço é profundamente recortado e está povoado de elementos decorativos construídos em betão armado, imitando troncos de árvores como caramanchões, que suportam rosas e glicínias, um mirante e um lago com uma gruta. Nos canteiros encontram-se exemplares notáveis de Cinnamomum camphora, Pinus wallichiana e junto à fachada principal da casa Fagus sylvatica ‘atropurpurea’ e Jacaranda mimosifolia.