Identificação e descrição
Nome do parque/jardim Parque Monteiro-Mor
Região Grande Lisboa
Distrito Lisboa
Concelho Lisboa
Freguesia Lumiar
Data de criação XVIII / XIX
Tipo de proprietários Estado
Autor Marquês de Angeja
Autor Domingos Vandelli
Informação de contacto Largo Júlio de Castilho1600-483, LisboaTel: +351 217 567 620Tel: +351 217 543 920Fax: +351 217 591 224E-mail: mntraje@mntraje.dgpc.pt
Página web: http://museudotraje.imc-ip.pt
Página web: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3158
Página web: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74720
Localização Coordenadas: 38º 46' 32,34''N, 09º 10' 00,34''W
Latitude: 38.77565
Longitude: -9.16676111111111

História

O palácio foi mandado construir para o filho bastardo de D. Dinis, D. Afonso Sanches, no século XIV. Em 1750, o monteiro-mor do Reino, Marquês de Angeja, refaz o palácio e constrói o jardim enriquecendo-o com uma grande coleção de plantas, contando com a ajuda de Domingos Vandelli. A propriedade do Marquês de Angeja, antigo Paço do Lumiar, muda de família e de nome por volta de 1830, sendo vendida ao 2º duque de Palmela (D. Domingos de Sousa e Holstein). O novo proprietário imprime-lhe o estilo do século XIX. O jardim do Monteiro-Mor vai incluir duas quintas, agregando 15 hectares de parque, jardins, mata e terrenos agrícolas e os dois palácios, que são hoje os Museus do Traje e o Museu do Teatro. (CASTEL-BRANCO, C.., 2014)

Envolvente do jardim

O jardim do Monteiro-Mor faz parte de um conjunto de quintas de recreio que envolvem Lisboa. Situa-se no Lumiar, a 6km do centro de Lisboa e tem muita água em nascentes naturais. Hoje é uma área de crescimento urbano, cortada por grandes vias e pelo aeroporto, mas mantendo um caráter de pequena aldeia de ruas estreitas, largos e fachadas de palacetes, no núcleo do Lumiar. O jardim envolve dois museus e desce pelas encostas de um vale encaixado, virado a nordeste. Encontra-se nas proximidades da Igreja São João Batista e da Quinta do Espie. (CASTEL-BRANCO, C. 2014)

Descrição do jardim

A entrada neste conjunto faz-se por um largo com muros altos, tosco e típico das quintas rurais, com um fontanário e um portão. A partir deste portão o ambiente muda. Recua-se ao século XVIII, no jardim ordenado pelo Marquês de Angeja, em que se reconhece desta época os terraços, as escadarias, as balaustradas de pedra e os grandes lagos geométricos que armazenam as águas vindas das minas. Estes longos túneis conduziam a água em caleiras das nascentes subterrâneas para os lagos, que embelezavam o jardim e permitiam a rega de toda a coleção de plantas do Marquês de Angeja durante o verão. Seguindo a tradição do século XVII e da corte francesa, organizavam-se grandes festas no jardim, servindo como uma demonstração social do bom gosto. No século seguinte, o jardim foi transformado pelos novos proprietários - Duques de Palmela - que vão imprimir-lhe o estilo do século XIX. Com lagos naturalizados, relvados, repuxos e uma coleção de plantas raras, vasos e estátuas em mármore, terraços, viveiros de aves - e aí planta a primeira Auracaria excelsa de Portugal. Para conseguir juntar uma coleção de plantas e um desenho de jardim pitoresco tão rico, o segundo Duque de Palmela chamou para aqui trabalharem técnicos estrangeiros que se tornaram famosos no nosso país pelas grandes inovações que, em conjunto com o seu respeitado mecenas, introduziram na arte de jardins em Portugal. Para a parte construída foi chamado o arquiteto belga Rosenfelder, para a escolha das plantas o botânico austríaco Welwitsch e para a construção e manutenção dos jardins, os jardineiros alemães Otto e Jacob Weist. Esta equipa, sem destruir os elementos barrocos e geométricos legados pela iniciativa do Marques de Angeja, criou, abaixo destes e com traçado naturalista, um jardim paisagista, pitoresco, com um lago irregular, uma cascata, caminhos ondulantes, estátuas, grandes vistas sobre a paisagem e uma magnífica coleção de plantas. Atualmente, parte destas características podem ser vistas no parque, mas outras como os sistemas de água, as estátuas, as aves e a coleção de plantas de estufa, já não existem. (CASTEL-BRANCO, 2014)

Informação administrativa

Estatuto: Privado

Classificação: IIP - Imóvel de Interesse Público

Instrumento legal: Decreto n.º 95/78, DR, I Série, n.º 210, de 12-09-1978

(Ver Decreto)

Classificação: Incluído na classificação do Paço do Lumiar - CIP - Conjunto de Interesse Público

Área: 11 ha

Botanica

Características botânicas notáveis: Primeira Aracaria excelsea plantada em Portugal. Árvores centenárias: Platanus hibrida, Fagus sylvatica, Ficus macrophylla e Taxodium mucronatum

Principais espécies botânicas presentes: Fraxinus angustifolia, Laurus nobilis, Olea europaea, Phillyrea latifolia, Populus sp., Ulmus minor, Viburnum tinus

Fisiografia topográfica

Presença de água: presença de várias nascentes naturais e minas de água

Clima

(Dados do Instituro Português do Mar e da Atmosfera)

Tipo de clima: Csa - Clima temperado mediterrânico, verão seco e quente (Classificação de Koppen)

Temperatura:

- Temperatura máxima mensal: a mais elevada, 28.3 ºC (em agosto); a menos elevada, 14.8 ºC (em janeiro)

- Temperatura média mensal: a mais elevada, 23.5 ºC (em agosto); a menos elevada, 11.6 ºC (em janeiro)

- Temperatura mínima mensal: a mais elevada, 18.6 ºC (em agosto); a menos elevada, 8.3 ºC (em janeiro)

- Temperatura média anual: 17.4 ºC

Precipitação: 774 mm (precipitação total média anual)

Intrusões cénicas presentes na envolvente

Autoestrada:Não

Estrada:Sim

Via de caminho de ferro: Não

Outras infraestruturas:Não

Exploração agrícola poluente: Não

Indústria: Não

Central de produção de energia: Não

Fauna: Não

Outros:

Actividades e eventos

Actividades: Hortas de recreio sujeitas a candidatura

Bibliografia

CASTEL-BRANCO, Cristina. Jardins de Portugal. Lisboa,CTT, 2014

Documentos iconográficos

Características do parque/jardim

Tipologia de jardim : À francesa/barroco, À inglesa, Botânico

Elementos decorativos : Lago, Cascata, Mina, Estátua, Estufa, Casa de Fresco, Nora, Embrechados

Elementos vegetais : Árvores notáveis, Arvores

Estatuto : Público

Abertura ao público : Bilhete de entrada

WC : sim

Classificado : Imóvel de interesse público

Mobilidade reduzida : limitado