Identificação e descrição | |
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Nome do parque/jardim | Jardim da Manga |
Região | Centro |
Distrito | Coimbra |
Concelho | Coimbra |
Freguesia | Uniião das freguesias de Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) |
Tipo de proprietários | Município |
Informação de contacto | Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes3001-902, Coimbra |
Página web: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69815/ | |
Página web: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5165 | |
Localização | Coordenadas: 40º 12' 40,61''N, 08º 25' 40,19''W Latitude: 40.2112805555556 Longitude: -8.42783055555556 |
No caso do jardim da Sereia e do jardim da Manga, atualmente a funcionar como jardins públicos, a história é mais antiga e bem diferente da dos jardins nascidos no século XIX para o grande público. Pertenciam estes espaços abertos ao convento de Santa Cruz e, em conjunto com o Claustro do Silêncio, recordam a longa presença dos frades Crúzios e a forma como foram chamando a Coimbra e ao seu cenóbio o interesse de grandes reis de Portugal, desde o século XII. Deste mosteiro erguido em 1131, temos hoje três jardins que podemos visitar: os claustros do Silêncio e da Manga e partes da cerca transformada no Jardim da Sereia. Outros elementos como a igreja de Sta. Cruz, o Café Sta. Cruz, o edifício da Câmara Municipal, os correios e o mercado faziam parte do conjunto do Mosteiro da Santa Cruz. A área construída em redor da igreja passou de um para três claustros com os respetivos edifícios em redor, mas a horta e o cabeço das oliveiras que encantaram D. Tello mantiveram-se intactos de cima abaixo do vale. Durante este longo percurso de nove séculos, alguns monarcas deixaram a sua marca no convento e na cerca. D. Manuel I mandou reconstruir o claustro do Silêncio, na altura já com 400 anos, e decidiu aumentar o convento em redor de um novo claustro: o claustro da Enfermaria ou da Manga que hoje já não conhecemos como claustro. Duzentos anos mais tarde D. João V e Frei Gaspar da Encarnação, confessor de grande influência sobre o Rei, investem na parte superior da cerca, para onde o espaço da encosta lhes permite dimensões necessárias para criar um jardim barroco. No século XX o claustro foi restaurado pelos técnicos da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais que comentam a descrição de Frei Jerónimo “o que nesta concisa mas clara descrição falta, além de uma referência aos canteiros jardinados (...) “. É que de facto, comparados com a superfície de água, os canteiros ajardinados pouca expressão tinham. A inovação e o efeito cénico vinham da água pois o importante, o imprevisível neste claustro, o que marcou realmente a impressão de Frei Jerónimo, foi a água. Reforçando esta leitura, o inventário artístico também refere “os lagos eram mais extensos” . O claustro da Manga era, tal como o dos Jerónimos, um claustro de água com uma ilha no centro, e foi reduzido tal como o dos Jerónimos foi aterrado. As alterações que este claustro sofreu quando se abriu a rua a Norte reduziram-lhe a dimensão dos lagos, ficando só a notável obra de João de Ruão apertada entre os edifícios e amputada do seu espelho de água. É no entanto e sempre uma obra de arte que desperta a curiosidade e dentro da qual é bom entrar e ouvir a água. (Castel-Branco, 2014)
Urbano, destacado, situa-se integrado nas traseiras do conjunto monástico de Santa Cruz, em frente das escadas de Montarroio. (http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5165)
Depois da reconstrução do velho claustro medieval (Claustro do Silêncio), surge no claustro da Manga uma obra de escultura e hidráulica de traçado completamente inovador que marcava o centro do claustro e que se encontra hoje numa praça por trás da Câmara Municipal. Os documentos indicam que o “imaginário” João de Ruão criou para o claustro da Manga esta peça inigualável da nossa arte paisagística do renascimento; o chão do claustro é um lago quadripartido donde se eleva um pavilhão abobadado suspenso sobre 8 colunas com um repuxo que sai do centro geométrico de toda a construção. A água sobe e cai sobre uma pedra circular embutida no pavimento e, para chegar a esta ilha cilíndrica, quatro pontes levam-nos a quatro degraus que reforçam a sensação da terceira dimensão da fonte. (Castel-Branco, 2014)
Estatuto: Público
Classificação: MN - Monumento Nacional
Instrumento legal: Decreto n.º 23 967, DG, I Série, n.º 130, de 5-06-1934
Superfície: cerca de X ha
(Dados do Instituro Português do Mar e da Atmosfera)
Tipo de clima: Csb - Clima mediterrânico com verão seco e temperado (Classificação de Koppen)
Temperatura:
- Temperatura máxima mensal: a mais elevada, 28.7 ºC (em julho e agosto); a menos elevada, 14.8 ºC (em janeiro)
- Temperatura média mensal: a mais elevada, 21.9 ºC (em julho e agosto); a menos elevada, 9.9 ºC (em janeiro)
- Temperatura mínima mensal: a mais elevada, 15.6 ºC (em julho); a menos elevada, 5.0 ºC (em janeiro)
- Temperatura média anual: 16.0 ºC
Precipitação: 886.0 mm (precipitação total média anual)
CASTEL-BRANCO, Cristina. Jardins de Portugal. Lisboa,CTT, 2014
http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=5165