Identificação e descrição
Nome do parque/jardim Mosteiro Santa Clara a Velha
Região Centro
Distrito Coimbra
Concelho Coimbra
Freguesia União das freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas
Data de criação XIII
Tipo de proprietários Estado
Informação de contacto Rua das Parreiras3040-266, CoimbraTel: +351 239 801 160Fax: +35123 9801169e-mail: mosteiro.scvelha@drcc.pt
Página web: http://santaclaraavelha.drcc.pt/
Página web: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2807
Localização Coordenadas: 40º 12' 08,83''N, 08º 25' 59,10''W
Latitude: 40.2024527777778
Longitude: -8.43308333333333

História

Foi redescoberto o espaço de um claustro construído por volta de 1326, vivido até ao século XVI. A pedra, a tijoleira e os azulejos conseguem ecoar ainda, apesar de submersos durante quatro séculos, a espiritualidade que ali se viveu. Quando se escavou o claustro e este voltou a céu aberto, as pedras pareciam ter sido acabadas de esculpir e maravilhamo-nos com os capitéis de plantas perfeitas em calcário amarelo torrado, as palavras dos túmulos com caracteres medievais uns dentro dos outros para caberem na linha, as pequenas fontes revestidas a azulejos e espalhadas numa geometria incerta pelo claustro. Foram feitas análises das sementes que existiam nos canteiros e identificadas as plantas da época em que foi inevitável abandonar o mosteiro às cheias do Mondego. A história do mosteiro de Santa Clara foi assim feita de lutas contra a Natureza e contra os homens. É a peça mais emblemática da Rainha Santa, conquistada a pulso com a sua persistência, diplomacia e certamente bondade. Comecemos pelo princípio. O claustro de Santa Clara é de facto o jardim da Rainha Santa Isabel. Negociou, para ele, a necessária água, concentrou a sabedoria construtiva da altura, a decoração simples e sólida e nele centrou o mosteiro onde as mulheres rezavam, mas também aprendiam a escrever e ler música e latim, a cozinhar, a bordar, a tratar dos doentes e a viver uma vida de pureza e oração. Ao lado, num terreno de vinha, construiu um Paço simples e ali viveu até ao fim da sua vida, junto das freiras e perto do rio. Hoje um pequeno museu, feito com as peças encontradas e explicadas, e um filme ajudam-nos a reconstituir a vivência que ali teve lugar, antes de entrarmos para o claustro e igreja. As sementes identificadas permitiram plantar junto ao Paço da Rainha um horto medieval. (Castel-Branco, 2014)

Envolvente do jardim

Urbano, isolado, na margem esquerda do Mondego, em local acima do nível primitivo, decorrente dos contínuos assoreamentos fluviais, integrando espaço cenográfico. (http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2807)

Descrição do jardim

Com facilidade neste jardim que quase não existe a nossa imaginação transporta-nos para o ambiente que aqui se viveu quando o movimento das freiras de Sta. Clara atravessava o claustro, a água trazida pelo cano dos Amores enchia o tanque central, parava e refletia o céu, e as plantas medicinais e aromáticas cresciam nos canteiros junto à fonte da vida. A música ecoava e hoje podemos voltar a ouvi-la na igreja, fazendo renascer as pedras da construção gótica que as cheias do Mondego obrigaram a transformar em duas igrejas sobrepostas, uma das quais submersa e outra contendo as pedras que enquadravam o túmulo da Rainha Santa. O mosteiro passou a ser a sua obra emblemática, aquela que fez já sem o apoio de D. Dinis. A subida do nível das águas fez deste claustro talvez o único jardim da Idade Media mantido tal como existiu no seculo XIV, rombo em vez de quadrado, o lago central com um banco todo à volta revestido em parte a azulejos, três fontes dispersas, uma redonda, outra triangular, outra octogonal, e dois canteiros que serviam por certo com ervas medicinais a botica do hospício do convento. Muretes, bancos e fontes são revestidos a azulejos árabes, geométricos, de cores e motivos fantásticos. A fonte do claustro, a Fons Vitae que já vimos noutros claustros, tem o significado profundo como fonte da vida, batismo e purificação, passagem e lavagem ligando o claustro à colunata que leva ao refeitório. (Castel-Branco, 2014)

Informação administrativa

Estatuto: Público

Classificação: MN - Monumento Nacional

Instrumento legal: Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 Junho 1910

(Ver Decreto)

Clima

(Dados do Instituro Português do Mar e da Atmosfera)

Tipo de clima: Csb - Clima mediterrânico com verão seco e temperado (Classificação de Koppen)

Temperatura:

- Temperatura máxima mensal: a mais elevada, 28.7 ºC (em julho e agosto); a menos elevada, 14.8 ºC (em janeiro)

- Temperatura média mensal: a mais elevada, 21.9 ºC (em julho e agosto); a menos elevada, 9.9 ºC (em janeiro)

- Temperatura mínima mensal: a mais elevada, 15.6 ºC (em julho); a menos elevada, 5.0 ºC (em janeiro)

- Temperatura média anual: 16.0 ºC

Precipitação: 886.0 mm (precipitação total média anual)

Bibliografia

CASTEL-BRANCO, Cristina. Jardins de Portugal. Lisboa,CTT, 2014

http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2807

Documentos iconográficos

Características do parque/jardim

Tipologia de jardim : Medieval

Elementos decorativos : Fonte

Estatuto : Privado

Abertura ao público : Bilhete de entrada

Classificado : Monumento Nacional

Mobilidade reduzida : desconhecido