O Covão da Ametade situa-se onde o Zêzere nasce, em pleno coração do Parque Natural da Serra da Estrela. (CASTEL-BRANCO, C.)

O Covão da Ametade pertence ao Parque Natural, o que faz com que não se toque nos processos naturais, mantendo o que há e adaptando o mínimo a paisagem, lembrando que a beleza natural de alguns lugares deve ser preservada. O espaço organiza-se, entre vidoeiros (Betula celtibeira) de troncos brancos, em clareiras cruzadas por linhas de água que vão dar ao Zêzere nascente. É ali que nasce o Zêzere e os serviços florestais fizeram este rio de montanha desacelerar a sua corrida para o vale de Manteigas, deter-se ali um pouco atrás de paredões de pedra, criando grandes superfícies de água onde o céu se espelha, seguindo depois num largo leito entre muretes, passando por baixo de uma ponte e dando água aos vidoeiros plantados nas suas margens. Entre árvores e grandes penhascos, ao fundo deste covão, descobre-se o cântaro Magro, de onde na primavera, depois das neves, se lançam mil cascatas que se juntam para fazer nascer o Zêzere. O anfiteatro de pedra criado pelos cântaros Magro e Raso é arrebatador visto de baixo. (CASTEL-BRANCO, C.)