Identificação e descrição
Nome do parque/jardim Palácio da Brejoeira
Região Norte
Distrito Viana do Castelo
Concelho Monção
Freguesia Pinheiros
Data de criação XIX
Tipo de proprietários Proprietário privado
Informação de contacto EN 101 Palácio da Brejoeira - Viticultores, SA, São Cipriano de Pinheiros4950-660, MonçãoTel: +351 251 666 129Fax: +351 251 667 238E-mail: recepcao@palaciodabrejoeira.pt
Página web: http://www.palaciodabrejoeira.pt/
Página web: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2194
Página web: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/69795/
Localização Coordenadas: 42º 02' 29,79''N, 08º 29' 36,21''W
Latitude: 42.0416083333333
Longitude: -8.49339166666667

História

Neste primeiro quarto do século XIX, na Brejoeira, um estilo neoclássico tardio prolongou-se na arquitetura; mas no exterior vão-se introduzir novidades com os jardins paisagistas e os cenários pitorescos – Ramalho Ortigão chama-lhe pinturescos. De facto a partir de meados do século XIX, depois de D. Fernando ter aberto o caminho ao Romantismo com o parque da Pena, todos os homens endinheirados do país e das ilhas aderiram ao gosto pelas criações paisagísticas. Os seus jardins passam a ter como modelo o grande parque de Sintra, e no norte do país estabelecem-se viveiristas de grande qualidade, escrevem-se artigos sobre os jardins, edita-se o jornal de Horticultura Pratica e as coleções de árvores exóticas, as cascatas, as camélias, os fetos, os bosques onde se embrenham as paixões pelos jardins e pela natureza selvagem, passam a fazer parte do quotidiano romântico. (Castel-Branco, 2014)

Envolvente do jardim

Rural, isolado, situado em zona plana, no centro da Quinta da Brejoeira (v. PT011604210159), de dimensões razoáveis, de perfil irregular, sensivelmente ovalado, com o ângulo NE. côncavo, totalmente rodeado por muro de alvenaria, com acesso pelo lado E., por portão monumental, feito em cantaria e gradeamento em ferro. Tem, na zona frontal, amplo terreiro, formando um pequeno jardim formal, bordejado por plátanos. No lado esquerdo, casas de apoio à produção agrícola e as antigas cavalariças, surgindo, no oposto, ampla mata, que integra um lago, grutas, duas capelas e a Casa de Jogos. A fachada posterior abre para um pequeno jardim formal. (monumentos.pt, consultado a 7-10-2014)

Descrição do jardim

Assim aconteceu com a Brejoeira: as obras do início do século, em redor do palácio, são ainda contidas e prolongam a geometria da casa em terraços bem delineados e divididos em canteiros com a taça central circular donde a simetria é marcada pelas estátuas de Flora e Ceres. Junto à casa, a poente, um jardim original e bem pensado funciona como uma sala de baile com esteios que mais parecem colunas de mármore, criando um espaço para festas coberto por uma estrutura de ferro onde para além de crescer anualmente a latada verde, se penduram balões que iluminam à noite a alegria da festa. A norte, uma escadaria leva-nos a descer ao longo de uma larga carreira ladeada de tílias, passando por um depósito de água que é também um pombal. Vai-se até ao miradouro sobre as vinhas, que tornam conhecida a quinta da Brejoeira com o seu vinho verde do mesmo nome. São 18 hectares de campo aberto iluminado, trabalho cuidado da atual proprietária Hermínia Paes que recuperou a casta Alvarinho aplicando à vinha a condução em cruzeta; e as linhas perfeitas de vinha principiam com robustos esteios de granito e estendem-se como esculturas na paisagem que são em si outro jardim cuidado e produtivo. A partir deste momento luminoso do jardim, para baixo e para poente, começa o mistério e o bosque escuro e maravilhoso. Ao longo dos caminhos as sequoias cresceram como se vivessem no seu ambiente original e seguem-se cedros e liriodendrons em densa plantação. Escondido por estes gigantes, de repente, surge o lago, verde enorme; a ilha que dizem ter a forma de um coração, as pontes, e a grande surpresa que é a gruta. Todos estes ingredientes do romantismo traçados por uma mão de mestre encontram-se entregues a si próprios, pouco visitados, ignorados nas informações sobre a Brejoeira, no entanto maduros depois de mais de cem anos de crescimento, surgindo como obras de arte do grande jardineiro paisagista Jacinto de Matos. Através deste espaço certamente muito apreciado pelo seu mecenas deslocamo-nos pelas margens e atravessamos a ponte gozando sempre destes efeitos de enquadramento das vistas e das alamedas de sequoias. O efeito de perspetiva que o plano horizontal permite, aumenta a grandiosidade da fachada do palácio visto da estrada e foi este relvado hoje já sem canteiros trabalhados de flores, e ladeado de grandes cedros que crescendo o enquadram, que criou a imbatível imagem de marca dos vinhos da Brejoeira. (Castel-Branco, 2014)

Informação administrativa

Estatuto: Privado

Classificação: MN - Monumento Nacional

Instrumento legal: Decreto de 16-06-1910, DG n.º 136 de 23 junho 1910

(Ver Decreto)

Superfície: 30 ha

Botanica

Características botânicas notáveis:: Belas coleções de azáleas e rosas que contam a história de quem as plantou e 20 diferentes espécies de camélias preenchem os canteiros. (Castel-Branco, 2014)

Principais espécies botânicas presentes: Rhododendron spp., Rosa sp., Camellia japonica, Camellia sinensis, Camellia sp., Tilia sp., Vitis vinifera, Cedros sp., Liriodendron tulipífera, Sequoia semperviren.

Clima

(Dados do Instituro Português do Mar e da Atmosfera)

Tipo de clima: Csb - Clima mediterrânico com verão seco e temperado (Classificação de Koppen)

Temperatura:

- Temperatura máxima mensal: a mais elevada, 26.4 ºC (em agosto); a menos elevada, 14.6 ºC (em janeiro)

- Temperatura média mensal: a mais elevada, 20.8 ºC (em julho e agosto); a menos elevada, 9.8 ºC (em janeiro)

- Temperatura mínima mensal: a mais elevada, 15.3 ºC (em julho); a menos elevada, 4.9 ºC (em janeiro)

- Temperatura média anual: 15.2 ºC

Precipitação: 1466.5 mm (precipitação total média anual)

Bibliografia

Características do parque/jardim

Classificado : Monumento Nacional

Documentos iconográficos

Localização

Carta de Declives

Carta de Exposições Solares

Carta de Bacias Visuais