Identificação e descrição | |
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Nome do parque/jardim | Quinta da Vilegiatura dos Bispos de Miranda |
Região | Norte |
Distrito | Bragança |
Concelho | Miranda do Douro |
Freguesia | Miranda do Douro |
Tipo de proprietários | Proprietário privado |
Informação de contacto | R. do Parque de Campismo5210-212, Miranda do Douro |
Localização | Coordenadas: 41º 29' 18,26''N, 06º 17' 08,92''W Latitude: 41.4884055555556 Longitude: -6.28581111111111 |
Uma grande alameda de pilares brancos, cilíndricos, confirmava as imagens de satélite, mas a três dimensões ganhara uma inesperada imponência e profundidade apesar da ruina eminente. De um lado da alameda corria um pequeno pinhal; do outro o terreno descia em terraços até um ribeiro. A surpresa foi no entanto grande quando deparámos com a parede de uma casa modesta, agora habitada, que incluía um curral, mas mostrava ainda um cunhal indicando a dimensão perdida de uma grande fachada virada a sul, hoje totalmente desaparecida. Em redor deste volume teria havido um grande terraço do qual restava um muro rematado por belos vasos de pedra em intervalos regulares, que marcava o limite harmonioso do que teria sido um jardim de buxo. Um tapete de erva verde cobria agora tudo e um riacho de água limpa e abundante contornava a casa e o terraço a uma altura tão certa que permitia perceber que nenhuma cheia viria perturbar a mansão de vilegiatura dos senhores bispos. A erva, a água e a luz dourada do sol convidavam a que passássemos para o outro lado do riacho onde um nicho, que se via longe, encaixado num muro alto, abria a curiosidade. Percebia-se muito bem onde teria estado uma ponte, e uma alameda de pilriteiros levava em terreno muito encharcado até ao que teria sido um grotto donde pingava ainda uma fonte rodeada de bancos. Deste lado do jardim o terreno inclinava ligeiramente até ao riacho, todo coberto de erva encharcada, e um grande muro de pedra solta oferecia aqui e ali bancos para nos sentarmos. Foi daí que descobrimos que se via ao longe Miranda do Douro e a própria Sé e que a vilegiatura - termo que alude às villas romanas de verão e de férias - seria somente um afastar da formalidade e do buliço da cidade para viver neste paraíso. Toda a quinta é cercada por grandes muros e a parte mais alta é recoberta de uma mata onde grandes rochedos se intervalam com pinheiros. (Castel-Branco, 2014)
Principais espécies botânicas presentes: Crataegus monogyna, Pinus pinaster
(Dados do Instituro Português do Mar e da Atmosfera)
Tipo de clima: Csb - Clima mediterrânico com verão seco e temperado (Classificação de Koppen)
Temperatura:
- Temperatura máxima mensal: a mais elevada, 29.2 ºC (em julho); a menos elevada, 8.8 ºC (em janeiro)
- Temperatura média mensal: a mais elevada, 21.7 ºC (em julho); a menos elevada, 4.5 ºC (em janeiro)
- Temperatura mínima mensal: a mais elevada, 14.2 ºC (em julho); a menos elevada, 0.2 ºC (em janeiro)
- Temperatura média anual: 7.5 ºC
Precipitação: 772.8 mm (precipitação total média anual)
CASTEL-BRANCO, Cristina. Jardins de Portugal, Lisboa,CTT, 2014
Localização
Carta de Declives
Carta de Exposições Solares
Carta de Bacias Visuais