A outrora a área adjacente à foz da Ribeira Grande era pontuada por moinhos-de-água (para a moagem de farinha). Tratava-se de um enclave rural e pobre, menosprezado devido às cheias sazonais, que resultavam em desastres de ordem natural e antrópica. Ironicamente, o topónimo do lugar era "o Paraíso".
Só em inícios do século XX é tomada a decisão de qualificação do espaço com um jardim que, no final dos anos 30, já tinha traçado caminhos ondulantes, delimitados por canteiros de flores e grandes relvados. No entanto, só em 1960 é executado o projecto de arquitectura paisagista por António Barreto. Da paisagem rural remanescem apenas os moinhos e a integrada rede de canais e levadas de água.
Associado à praça central da Câmara Municipal e a alguns dos mais emblemáticos edifícios da zona, o Jardim foi palco de eventos sociais, recreativos e culturais. Alguns anos mais tarde, foi caindo em esquecimento, tendo sido alvo de uma obra de revitalização por parte do Municipio, que resultou num novo projecto de iluminação e na adição de estruturas recreativas como o anfiteatro ao ar livre (2004) e novos equipamentos infantis (Albergaria, 2005).