Nos finais do séc. XIX, em grande parte da costa Norte da Ilha de São Miguel foram plantados campos de chá, multiplicando-se as experiências produtivas com a Camellia sinensis. José do Canto foi o pioneiro na produção industrial de chá com uma unidade fabril na Ribeira Grande. O Chá do Porto Formoso foi iniciado por Francisco Faria e Maia sendo o seu filho, Amâncio Machado de Faria e Maia, o grande impulsionador no aumento da área de cultivo e na modernização da unidade industrial. No início dos anos 1960, o Chá do Porto Formoso atravessaria sucessivas crises (que igualmente afectavam as restantes produções na ilha devido à concorrência do chá moçambicano) e que acabariam por levá-lo à falência nos anos 80. Em 1998, a Fábrica Porto Formoso reabriu com um novo conceito: espaço museu (com as instalações fabris e métodos de cultivo, apanha e produção de chá), sala de prova de chá e uma loja para além das plantações (Albergaria, 2005).