Uma quinta rústica original do tempo do povoamento da ilha, associada a extensos campos de cultivo alimentados pela captação da água de uma nascente que abastecia a cidade de Angra. Vinculada por Rui Dias de Sampaio no século XVI, é adquirida pela família Costa Noronha em finais do mesmo século, mantendo-se posse da família até ao século XIX. A sua história tem três marcos importantes, sendo o primeiro na segunda metade do século XVIII, quando a quinta é convertida em casa de campo ou "quinta de recreio", cuja opulência viu-se digna para a passagem da "estação calmosa" de D.Diniz Gregório de Mello e Castro (governador-geral dos Açores). Faziam, também, parte da quinta nessa época os "serrados" de cultivo, pomares e hortas, com flores, ervas aromáticas e medicinais, latadas de vinha e passeios. A meados do século XIX o rigadeiro Inácio de Castil Branco transformou a casa em "deleitoso aposento" e o recinto em "recreio do público", construindo nesta fase o lago grande, três jardins em socalco, cada um com uma taça de água. Na quinta seccionada por uma corrente de água, foram instalados dois moinhos e um jardim de buxo, no qual se poderia reconhecer o seu brasão desenhado. A terceira intervenção significativa dá-se em 1899, quando Emídio Lino da Silva adquire a propriedade e constrói a actual casa da quinta, remove o jardim de buxo e outras remanescências e entra no espírito do coleccionismo botânico, com plantações de novos exemplares de vegetação exótica. Aproxima-se, assim, do desenho do jardim actual sendo que, após a morte da sua herdeira, D. Maria Luísa Baldaia, a quinta entra em declínio. Na década de 1980 a sua neta Elisa, que com o seu marido Jaime Coelho, investiram em obras de restauro, convertendo-a na primeira unidade de Turismo de Habitação dos Açores (Albergaria, 2005).