É desde há muito usada como parque de recreio, em parte devido à festa de Nossa Senhora da Serreta (em Setembro) culminando na segunda-feira da Serreta com um piquenique na mata durante a manhã e tourada à tarde. Diz a tradição que nos finais do séc. XVII um eremita se refugiou no lugar do Queimado, construindo aí uma ermida, que cedo se converteu em lugar de peregrinação. Em ruínas no séc. XIX, a ermida seria reedificada por ação do governador José Silvestre Ribeiro e inaugurada com pompa em 1842. A imagem de Nossa Senhora dos Milagres, que havia sido transferida para a igreja de São Jorge da freguesia das Doze Ribeiras, regressou à antiga Ermida da Serreta, continuando a merecer a devoção do povo, naquela que é a maior e mais antiga romaria da ilha Terceira. As terras onde está instalada a mata foram em tempos matos maninhos e terras de pastel, como comprovam os documentos que registam as "dadas" de terra feitas por Afonso do Amaral em 1482: "Francisco Jácome deu o Amaral uma terra para pastel na Serreta, sobre a povoação das Quatro Ribeiras", acrescentanto-se as confrontações acima e abaixo da ribeira. Pelos séculos fora os matos permaneceram baldios até que as preocupações com a florestação e melhoramento dos terrenos ditaram a plantação com especies arboreas, constituída essencialmente por eucaliptos, pinheiros, incensos e faias. Mantendo-se e alargando-se a tradição, a mata foi significativamente melhorada nos anos 50 do século passado, sob a administração da Junta Geral do Distrito. Mais tarde, já sob a alçada dos Serviços Florestais foi sendo apetrechada com equipamentos de recreio. Finalmente, o Decreto Legislativo Regional de 1989 veio classificá-la como "Reserva Florestal de Recreio". (Albergaria, 2005).