Identificação e descrição
Nome do parque/jardim Monte Brasil
Região Açores
Distrito Terceira
Concelho Angra do Heroísmo
Freguesia
Data de criação XVI - XX
Tipo de proprietários Estado
Informação de contacto Monte BrasilAngra do HeroísmoTlf: +351 295 206 310 (Serviço Florestal da Terceira)E-mail: info.sft@azores.gov.pt
Página web: http://drrf-sraa.azores.gov.pt/areas/reservas-recreio/Paginas/RFR_Monte_Brasil_pt.aspx
Página web: http://parquesnaturais.azores.gov.pt/pt/terceira/o-que-visitar/areas-protegidas/gestao-de-recursos/monte-brasil
Página web: http://www.cmah.pt/angrosfera/trilhos-pedestres/monte-brasil/apresentacao.html
Página web: http://www.cmah.pt/angrosfera/icones-angra/fosseis-monte-brasil/apresentacao.html
Localização Coordenadas: 38°38'42.8"N, 27°13'18.1"W
Latitude: 38.645219
Longitude: -27.221689
Originação Autor: Isabel Albergaria

Abstract

Monte Brasil is a small volcano and forms a large non-built peninsula to the south and in front of Angra do Heroísmo city centre. It was used as Angra’s natural bastion of defence and today, it became the city’s Natural Park. In spite of its unequivocally military context, its recreational atmosphere and mild climate and its dense vegetation offer a unique experience for strolling and enjoy different perspectives and points of view towards the old city and the ocean.

História

O Monte Brasil forma uma península de dimensão considerável, a sul de Angra do Heroísmo, tendo em tempos constituído o natural bastião de defesa da cidade e, hoje, o seu parque natural. No século XV inicia-se a fortificação da baía a partir do Monte Brasil, com a construção dos fortes de São Benedito, de Santo António e da Quebrada (já na encosta sul), ou ainda com o forte mandado construir por Ciprião de Figueiredo, no contexto da invasão espanhola de 1580. Todavia, o expoente máximo da vocação militar do Monte Brasil ocorreu durante a administração filipina, com a ordem de construção da grande fortaleza de São Filipe, rebaptizada de São João Baptista após a Restauração da Independência. Apesar do seu contexto inequivocamente militar, é também inegável a atmosfera recreativa que se faz sentir, proporcionada pelo clima ameno, pelo denso coberto vegetal e pelas diferentes perspectivas e pontos de vista que oferece sobre a cidade e sobre o mar. Em 1615, D. Gonçalo Mexia (o terceiro governador do castelo) decide construir a sua Quinta de Regalo numa parcela da encosta orientada para a baía de Angra. Posteriormente, já no início do século XIX, dois jardins de buxo de desenho rocaille ocupavam a entrada do actual Relvão, com passeios de 'joga' reconhecidos pela elegância dos padrões que formavam. Dos últimos, resta apenas um portão em ferro datado de 1825. Mais tarde, por iniciativa de Manuel Baptista de Lima (1920-1996), director do Museu de Angra, o Relvão foi convertido em parque da cidade, tendo sido concretizada a permuta dos terrenos do Relvão destinados aos exercícios militares por outros situados na caldeira do mesmo Monte Brasil. O novo jardim foi inaugurado na década de 1940 (Albergaria, 2005).

Envolvente do jardim

Península a Sul da cidade de Angra do Heroísmo (ilha Terceira), delimitada a Norte pela curva de nível dos 100 metros. Estende- se a nascente pelo caminho da ermida de Santo António e a poente pela rede de acessos que conduzem à vigia da II Guerra e à Vigia da Baleia, rematando, a Sul, perto da linha de costa, também na cota dos 100 metros. O acesso faz-se a partir de Angra, pela rua da Boa Nova (Albergaria, 2012).

Descrição do jardim

Reconhecido pelos locais como parque natural da cidade de Angra, ocupa uma superfície de 63ha, situada entre os 100 e os 200m de altitude. Insere-se num aparelho vulcânico originado por uma erupção submarina, composto por formações de tufo vulcânico. A cratera mãe, de depressão suave e com um denso coberto vegetal maioritariamente exótico, é observável a partir do monte. Trata-se de um espaço qualificado pelo património histórico existente, nomeadamente o castelo, a ermida de Santo António, o conjunto do paiol filipino e guaritas militares, o mastro dos sinais (Posto Semafóricono no Pico do Facho) , as vigias da baleia (Pico da Vigia), o padrão da Descoberta dos Açores e as baterias anti-aéreas do período da II Grande Guerra Mundial (Pico das Cruzinhas). De todos estes pontos de observação conseguem-se vistas amplas sobre o oceano. Já as zonas mais densas de mata, onde são predominantes os incensos (Pittosporum undulatum), encerram as zonas de piquenique, parque infantil, cercas de animais, entre outros equipamentos de apoio (Albergaria, 2012).

Informação administrativa

Estatuto: Público

Classificação: Paisagem Protegida. Reserva Florestal de Recreio.

Instrumento legal:Decreto Regional n.º 3/80/A de 7 de Fevereiro - Estabelece medidas de protecção para a paisagem do Monte Brasil (Ver Decreto); Decreto Legislativo Regional n.º 16/89/A de 30 de Agosto - Cria e delimita as reservas florestais de recreio (Ver Decreto).

Superfície: 63ha

Botanica

Principais espécies botânicas presentes: Nas zonas de mata, dominam os incensos (Pittosporum undulatum), intercalados com alguns exemplares de faias, vinháticos, louros, giesteiras, álamos e eucaliptos.

Fisiografia topográfica

Cotas altimétricas: de 0m a 205m

Clima

(Dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera - Normais Climatológicas 1981-2010, Angra do Heroísmo)

Tipo de clima: Csb clima temperado com verão seco e suave (Classificação de Koppen)

Temperatura:

- Temperatura máxima mensal: a mais elevada, 25.1 ºC (em agosto); a menos elevada, 16.1 ºC (em fevereiro)

- Temperatura média mensal: a mais elevada, 22.2 ºC (em agosto); a menos elevada, 13.8 ºC (em fevereiro)

- Temperatura mínima mensal: a mais elevada, 19.1 ºC (em agosto); a menos elevada, 11.5 ºC (em fevereiro)

- Temperatura média anual: 17.2 ºC

Precipitação: 1099 mm (precipitação total média anual)

Área de notas

Biodiversidade: Avifauna marítima que nidifica na reserva no Verão - cagarro (Calonectris diomedea), garajau (Sterna hirundo, Sterna dougalii) e pombo-da-rocha (Columba livia livia). Avifauna terrestre - milhafre ou queimado (Buteo buteo), tentilhão (Fringilla coelebs moreleti), canário-da-terra (Serinus canaria), vinagreira (Regulus regulus azoricus), pintassilgo (Carduelis carduelis), toutinegra (Sylvia atricapilla atlantis) e melro-negro (Turdus merula azoriensis).

Intrusões cénicas presentes na envolvente

Autoestrada: não

Estrada: sim

Via de caminho de ferro: não

Outras infraestruturas: sim

Exploração agrícola poluente: não

Indústria: não

Central de produção de energia: não

Fauna: não

Bibliografia

ALBERGARIA, Isabel Soares. Jardins e Espaços Verdes dos Açores. Associação de Turismo dos Açores, 2012

ALBERGARIA, Isabel Soares. Parques e Jardins dos Açores. Lisboa: Argumentum,2005

Características do parque/jardim

Tipologia de jardim : Arboreto

Elementos decorativos : Miradouro ou mirante, Edifício

Elementos vegetais : Arvores, Arbustos

Estatuto : Público

Abertura ao público : Aberto ao público

WC : sim

Mobilidade reduzida : desconhecido