Identificação e descrição | |
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Nome do parque/jardim | Jardim da Biblioteca Nacional |
Região | Grande Lisboa |
Distrito | Lisboa |
Concelho | Lisboa |
Freguesia | Alvalade |
Data de criação | XX |
Tipo de proprietários | Estado |
Autor | António Viana Barreto |
Informação de contacto | Campo Grande 831749-081 LisboaTel: +351 217 982 000Fax: +351 217 982 140E-mail: bn@bnportugal.pt |
Página web: http://www.bnportugal.pt/ | |
Página web: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=7085 | |
Página web: http://www.cm-lisboa.pt/equipamentos/equipamento/info/biblioteca-nacional-de-portugal | |
Localização | Coordenadas: 38° 45' 04.60'' N 09° 09' 07.20'' W Latitude: 38.751278 Longitude: -9.152000 |
Originação | Autores: Andreia Sofia Romeiro, Barbara Kraszewska, Chloé Vichard, Gonçalo Golaio,
Maria do Rosário Pulido Valente, Matteo de Angelis, Rita Pimentel Lino Organismo responsável: No âmbito da disciplina Recuperação e Gestão da Paisagem Cultural - Mestrado em Arquitetura Paisagista (Instituto Superior de Agronomia) |
Os terrenos onde viria a ser implantada a Biblioteca Nacional no século XX «no seu passado, apresentava um conjunto de quintas, solares e extensos campos verdes, onde a nobreza se deslocava para passar verões e passear numa atmosfera que promovia a reflexão e o romantismo» (Junta de Freguesia de Alvalade, 2007, Enquadramento histórico). Em fevereiro de 1796 houve um alvará para a criação da Real Biblioteca da Corte e do Reino. As instalações provisórias estavam na ala Ocidental da Praça do Comércio. Em maio de 1797 abre ao público. Em 1836 passa a designar-se a Biblioteca Nacional de Lisboa e é transferida para o 1º piso do convento de São Francisco. Em 1936 é aprovado um programa para novas instalações da biblioteca. Em 1950, o Professor Porfírio Pardal Monteiro elabora o projeto para a construção do edifício da Biblioteca Nacional. Em 1955 é feito o plano geral de ajardinamento pelo Arquiteto Paisagista Viana Barreto, em 1960 o plano do pátio central e em 1962 foram postas as esculturas em bronze. Em 2004 foi realizado um projeto de ampliação dos edifícios da Biblioteca. O projeto do jardim da Biblioteca divide-se em cinco fases: a primeira fase em 1956 de ajardinamento dos terrenos da biblioteca nacional; a segunda em 1965 em que se previa a plantação de mais árvores, sebes e arbustos; a terceira fase que consistiu no arranjo de um pátio exterior entre 1960 e 1965; e em 1968 há uma quarta fase em que é feito o pátio interior adjacente à Sala do Catálogo; por fim no mesmo ano é realizada a última fase de obras que consistiu no ajardinamento final do recinto.
A Biblioteca Nacional encontra-se no lado poente do jardim do Campo Grande, para norte e oeste situam-se os terrenos onde se encontra a Cidade Universitária. Além deste caráter institucional que rodeia a Biblioteca, esta localiza-se num ponto de fronteira com uma área essencialmente residencial desenvolvida na época dos anos 50 e 60. Quando a Biblioteca Nacional foi construída só existia a Faculdade de Direito (1957), a Faculdade de Letras (1959) e a Reitoria (1961). Na mesma época deu-se a expansão das Avenidas Novas.
Com o edifício implementado no centro de um talhão retangular com cerca de seis hectares de superfície, com uma pendente entre 6 a 10% e orientado no sentido poente-nascente, o espaço do terreno envolvente disponível para jardim ficou bastante reduzido, tendo ainda de serem incluídas duas zonas para os arruamentos de acesso e para os parques de estacionamento automóvel. O jardim é caracterizado por um enorme relvado e pela presença em maior escala de exóticas. O acesso principal que atravessa a soleira é em calçada portuguesa, apresentando um desenho retangular mais escuro, que transmite a ideia de profundidade e continuidade. No parque há uma clara demonstração de intenção de enquadramento com a paisagem da que seria a futura Cidade Universitária, dividindo-se, assim, em duas partes, uma próxima da construção, mais aberta e outra mais distante e arborizada. A estrada de serviço que se estende do largo até ao parque de estacionamento norte é também interpretada como uma zona de ligação paisagística com o Campo Grande, e como uma defesa contra os ventos. Quanto ao pátio consiste numa caixa de areia rodeada por quatro círculos em calçada (cinzento, rosa, amarelo e branco), rematados por um murete em cantaria «penteada». O acesso ao pátio é realizado através de um lajedo retangular que percorre o relvado. O lago que deveria ter sido executado em betão armado assente no indispensável enrocamento, nunca foi construído. Atualmente, o desenho inicial mantém-se na sua totalidade embora muitos dos caminhos, principalmente o caminho poente, se encontrem em bastante mau estado.
Estatuto: Público
Classificação: MIP - Monumento de Interesse Público
Instrumento legal: Portaria n.º 740-FT/2012, DR, 2.ª série, n.º 252 (suplemento), de 31-12-2012
Principais espécies botânicas presentes: Parte frontal - Populus bolleana, Tilia cordata. Orla norte: Fraxinus excelsior, Aesculus Hipposcastanum, Olea oleaster, Aloe. Estacionamento: Platanus orientalis, Pinus halepensis, Pinus pinaster. Pátio e parte traseira: Seafortia elegans, Viburnum tinus, Jacaranda mimosifolia, Cupressus lusitanica.
(Dados do Instituro Português do Mar e da Atmosfera)
Tipo de clima: Csa - Clima temperado mediterrânico, verão seco e quente (Classificação de Koppen)
Temperatura:
- Temperatura máxima mensal: a mais elevada, 28.3 ºC (em agosto); a menos elevada, 14.8 ºC (em janeiro)
- Temperatura média mensal: a mais elevada, 23.5 ºC (em agosto); a menos elevada, 11.6 ºC (em janeiro)
- Temperatura mínima mensal: a mais elevada, 18.6 ºC (em agosto); a menos elevada, 8.3 ºC (em janeiro)
- Temperatura média anual: 17.4 ºC
Precipitação: 774 mm (precipitação total média anual)
ANDRESEN, T et all, Do Estádio Nacional ao Jardim Gulbenkian: A primeira geração de Arquitectos Paisagistas 1940 – 1970. 2003, FCG, Lisboa, pp. 244.
BARRETO, Francisco M. M., Contributo para a História da Arquitectura Paisagista em Portugal – Arquitecto Paisagista António Facco Vianna Barreto. Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Arquitectura Paisagista apresentada ao Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa. 2011.
BARRETO, António Vianna, Memória descritiva do páteo exterior, 1965. Disponível no Instituto da Reabilitação Urbana.
BARRETO, António Vianna, Memória descritiva do páteo interior, 1968. Disponível no Instituto da Reabilitação Urbana.
BARRETO, António Vianna, Projecto para o Ajardinamento da Biblioteca Nacional 1ª fase – Peças Escritas (Memória Descritiva, Medições Caderno de Encargos), 1956. Disponível no Instituto da Reabilitação Urbana.
BARRETO, António Vianna, Projecto para o Ajardinamento da Biblioteca Nacional 2ª fase – Peças Escritas (Caderno de Encargos), 19. Disponível no Instituto da Reabilitação Urbana.
CABRAL, Francisco Caldeira – Fundamentos da arquitectura paisagista. Lisboa: ICN, 2003.
CASTEL-BRANCO, Cristina (coord.) − Necessidades: Jardins e Cerca. Lisboa: Livros Horizonte/Jardim Botânico da Ajuda, 2001.
ICOMOS-IFLA International Committee for Historic Gardens – Historic Gardens – Carta de Florença, 1981.
PASCOAL, Ana Mehnert. A cidade do saber: estudo do património artístico integrado nos edifícios projectados pelo arquitecto Porfírio Pardal Monteiro para a Cidade Universitária de Lisboa, (1934-1961), Tese de mestrado, Arte, Património e Teoria do Restauro, Apresentada na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2011.
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Bandeira, F., Castro-Caldas, L., & Camara, T. (1999,2004,2008). Biblioteca Nacional de Lisboa. Obtido em 27 de Fevereiro de 2013, de Sistema de Informação para o Património Arquitectónico: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=7085
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Tipologia de jardim : Modernista
Elementos decorativos : Poço
Elementos vegetais : Árvores de alinhamento, Arvores
Estatuto : Público
Abertura ao público : Aberto ao público
WC : sim
Classificado : Monumento de Interesse Público
Mobilidade reduzida : possível