| Identificação e descrição | |
|---|---|
| Nome do parque/jardim | Jardim Botânico da Faculdade de Ciências |
| Região | Grande Lisboa |
| Distrito | Lisboa |
| Concelho | Lisboa |
| Freguesia | Santo António |
| Data de criação | XIX |
| Tipo de proprietários | Estado |
| Autor | Edmond Goeze (Dr.) |
| Autor | Henri Cayeux |
| Autor | Jules Daveau |
| Informação de contacto | Rua da Escola Politécnica 56/581250-102, LisboaTel: +351 213 921 800E-mail: geral@museus.ul.pt |
| Página web: http://www.mnhnc.ulisboa.pt/portal/page?_pageid=418,1391161&_dad=portal&_schema=PORTAL | |
| Página web: http://maisbotanico.blogspot.pt/ | |
| Página web: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=7006 | |
| Página web: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70142/ | |
| Localização | Coordenadas: 38º 43' 08,30''N, 09º 09' 01,15''W Latitude: 38.7189722222222 Longitude: -9.15031944444445 |
O Jardim Botânico da Faculdade de Ciências foi criado no século XIX (projeto de regulamento em 1847 e plantação e abertura em 1873) por iniciativa de Francisco de Mello Breyner, Conde de Ficalho e de Andrade de Corvo, professores do Politécnico. A coleção original do jardim botânico atingiu o número de 10.900 plantas, recebendo sementes e estacarias de muitos jardins da Europa. Depois de Ficalho, foram diretores deste jardim Jules Daveau, Henri Cayeux, já em 1908 o português Luís José Fernandes, e depois da revolução de Abril o Professor Fernando Catarino. Mantiveram sempre a preciosa coleção de palmeiras que chegou a 32 espécies em 2010, e as árvores de floração excecional atingiram a maturidade com portes notáveis, tirando partido das condições naturais do jardim. (CASTEL-BRANCO, C., 2014)
Situa-se em contexto urbano, no topo da sétima colina de Lisboa, antigo Alto da Cotovia, junto ao Jardim do Príncipe Real. É parte integrante do Museu de História Natural, antiga Escola Politécnica e posteriormente Faculdade de Ciências. O jardim é delimitado por um muro que grande parte é contíguo a edifícios habitacionais. (JÁCOME, M. [et. al.], 2014)
O jardim é constituído por uma grande coleção de plantas que aproveitando a amenidade do clima de Lisboa, junta exemplares das regiões temperadas até às subtropicais. As palmeiras e árvores subtropicais, as trepadeiras raras e os arbustos de florações vibrantes foram obtidos e plantados no jardim por Ficalho e por Edmond Goeze a quem se deve também o traçado da escadaria que liga os patamares do jardim. A entrada faz-se por uma extensa alameda de Washingtonias, muito altas e esguias. No terraço de cima, que corresponde à área de «Classe», estão representadas as principais famílias de Dicotiledóneas dispostas em canteiros à volta de um lago central. Ainda neste terraço encontram-se as estufas, que substituíram as originais em 1966, o observatório astronómico e o posto meteorológico. A área chamada de «Arboreto» foi projetada por Jules Daveau. Localiza-se numa área de grande declive e tem acesso a partir da escadaria de pedra. Na escada juntam-se dois cedros, um do Libano outro dos Himalayas, e no separador da escadaria crescem densamente Estrelizias, Ophiopogon e Encephalartos e surge uma estátua do famoso médico e botânico Bernardino Gomes, com a peculiaridade do seu filho, com o mesmo nome, ter também uma estátua neste jardim. Descendo as escadas à direita há uma coleção de palmeiras com tabuletas. Para o lado esquerdo da escada, um dragoeiro e por trás, a florir quase todo o ano, uma parede coberta de Thumbergia grandiflora. Desce-se todo este caminho, bordejado de Livinstonia da Australia, Washingtonia da California, Phoenix das Canarias, Chamaerops Humilis (a única palmeira «nacional»), Kensias, Cycas do Japão, Dioons do Mexico, Encephalartos de África, a Zamia da América tropical, e ainda a Stangeria paradoxa do Natal. Ao fundo do jardim há uma saída que permite ficar perto da Avenida da Liberdade. (CASTEL-BRANCO, C., 2014; MNHNC)
Estatuto: Público
Classificação: MN - Monumento Nacional
Instrumento legal: Decreto n.º 18/2010, DR, 1.ª série, n.º 250, de 28-12-2010
(Ver Decreto)
Área: 4 ha
Características botânicas notáveis: plantas com história: Washingtonia robusta, Ficus macrophylla, Ginkgo biloba, Chorisia crispiflora, Taxodium distichum, Dracaena draco, Martiusella imperiallis, Auracaria bidwilii, Cycas revoluta, Cinnamomum camphora, Erythrina caffra, Taxodium Mucronatum, Phyllostachys bambuscides, Ficus sycomorus, Chamaeropsis humilis, Taxus baccata (MNHNC)
Principais espécies botânicas presentes:No Jardim Botânico estão referenciadas 1493 espécies distintas. Distinguem-se duas áreas principais no jardim Botânico: a «Classe» e o «Arboreto». Na «Classe»: principais famílias de Dicotiledóneas. Encontram-se algumas árvores de particular interesse como, Apollonias barbujana, Calodendrum capense, Ficus macrophylla, Jacaranda mimosifolia, Picconia excelsa, Quillaja brasiliensis, Photinia nussia, Tristania conferta e Visnea mocanera. O «Arboreto»: coleção de plantas xerófitas e de plantas monocotiledóneas. Várias espécies de palmeiras, coleção de gimnospérmicas, particularmente cicadófitas e araucárias, palmeiras e figueiras tropicais. Nas cicadófitas destacam-se Ceratozamia, Cycas, Dioon, Encephalartos e Stangeria. Nas araucárias, Araucaria columnaris, Araucaria cunninghamii, Araucaria heterophylla e Marywildea bidwillii. Entre as palmeiras cultivadas encontram-se representantes dos géneros Archontophoenix, Arenga, Brahea, Butia, Chamaedorea, Chamaerops, Howea, Jubaea, Livistona, Phoenix, Phapis, Rhopalostylis, Sabal, Serenoa, Syagrus, Trachycarpus, Trithrinax e Washingtonia. A coleção de figueiras evidenciam-se Ficus superba var. japonica, cujas inflorescências pequenas e numerosas, ao longo de todo o tronco, atraem a atenção do público. Encontram-se ainda exemplares de Ficus benjamina, Ficus carica, Ficus coronata, Ficus elastica, Ficus habrophylla, Ficus isophlebia, Ficus pumila, Ficus religiosa, Ficus rubiginosa e Ficus sycomorus. (MNHNC)
(Dados do Instituro Português do Mar e do Ambiente)
Tipo de clima: Csa - Clima temperado mediterrânico, verão seco e quente (Classificação de Koppen)
Temperatura:
- Temperatura máxima mensal: a mais elevada, 28.3 ºC (em agosto); a menos elevada, 14.8 ºC (em janeiro)
- Temperatura média mensal: a mais elevada, 23.5 ºC (em agosto); a menos elevada, 11.6 ºC (em janeiro)
- Temperatura mínima mensal: a mais elevada, 18.6 ºC (em agosto); a menos elevada, 8.3 ºC (em janeiro)
- Temperatura média anual: 17.4 ºC
Precipitação: 774 mm (precipitação total média anual)
Autoestrada: não
Estrada: não
Via de caminho de ferro: não
Outras infraestruturas: não
Exploração agrícola poluente: não
Indústria: não
Central de produção de energia: não
Fauna: não
Outros: não
Eventos: Feiras
MUSEU NACIONAL DE HISTÓRIA NATURAL E DA CIÊNCIA, Universidade de Lisboa - Jardim Botânico. [Consultado a 5 fev 2015]. Disponível em http://www.mnhnc.ulisboa.pt/portal/page?_pageid=418,1391339&_dad=portal&_schema=PORTAL
CASTEL-BRANCO, Cristina. Jardins de Portugal. Lisboa,CTT, 2014
JÁCOME, Mafalda; [et al]. Jardim Botânico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. [Internet] Forte de Sacavém: Sistema de Informação para o Património Arquitetónico, 2014. [Consultado 05 fev 2015] Disponível em: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=7006
DGPC. Jardim Botânico de Lisboa. [Internet] [Consultado a 05 fev 2015] Disponível em: http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/70142/
Tipologia de jardim : Botânico, Arboreto
Elementos decorativos : Lago, Cascata, Lago, Estátua
Elementos vegetais : Árvores notáveis
Estatuto : Público
Abertura ao público : Bilhete de entrada
WC : sim
Classificado : Monumento Nacional
Mobilidade reduzida : sim