Rural, isolado, implantado na zona ocidental do Parque da Pena e a poente do Palácio da Pena, num terraço envolvido por arvoredo e vegetação luxuriante. A proximidade de um grupo de pedras de granito monumentais, inserido no jardim, e as vistas para o vale, o mar, o Palácio da Pena, o Castelo dos Mouros e a Cruz Alta, acentuam o dramatismo, quer da construção, quer do conjunto paisagístico.

No Parque da Pena o rei D. Fernando II e a Condessa criam o chalet e o jardim de caráter privado, romântico para recreio e refúgio. Do tempo de D. Fernando e da Condessa ficaram azáleas, camélias e rododendros. Com o restauro feito ao chalet e ao jardim, tendo sido reaberto ao público em 2011, foram reintroduzidas trepadeiras com clemátis, jasmim e rosas que sobem sobre a cortiça das paredes do chalet. Ao longo do vale sobreviveu até hoje uma coleção de fetos arbóreos, que perpetuou com o nome de Feteira da Condessa. Os lagos que haviam desaparecido sob o matagal foram descobertos, e formam um conjunto de cinco lagos para onde conflui a principal linha de água do espaço. São lagos de formas irregulares e bordas pretas que contrastam com os caminhos em saibro branco ladeados de valetas em calçada. Sobre uma ponte curva, uma pérgola de glicínia deita o seu perfume em maio e daí se avistam os lagos irregulares com ilhas e torres cobertas de musgo, que o ambiente húmido da Serra permite fazer crescer. Tem ainda um conjunto monumental de blocos de granito que representa um elemento importante cénico no jardim.